É quase impossível querer igualar o futebol masculino com o feminino aqui, mas poderia existir uma organização que permitisse às meninas viverem do futebol com dignidade. Muitas atletas, até mesmo as que jogam pela Seleção Brasileira, são obrigadas a trabalhar em outra atividade para poder sobreviver. E isso é prejudicial a sua preparação, o que nos coloca em condições de inferioridade em relação a outros países.
Se empresas patrocinassem e ajudassem a manter uma liga no Brasil. Se unisse o Governo, a CBF e os grandes clubes que pagam milhões por jogadores, mas ignoram o Futebol Feminino, seria fundamental para o crescimento do mesmo. E nem é preciso investir muito para fazer isso acontecer, se pegar 1% de cada salário de um jogador masculino paga o salário de quatro ou cinco jogadoras.
No Brasil, só existe campeonatos regular em São Paulo e alguns torneios pingados pelos estados. Mas é impossível levar um trabalho a longo prazo. Fica quase tudo à base do improviso, e mesmo assim não perde o seu brilho, pois temos bons desempenhos o que comprova a qualidade das jogadoras brasileiras.
E em busca de resgatar a cidadania na mulher, Hilda Hindrinches e seu esposo Joaquim de Almeida criaram o Projeto Branca’s Esporte e Ação existente há dois anos e que hoje conta com certa de 40 atletas amadoras que sonham em ganhar a vida com o Futebol Feminino. Os técnicos estão sempre procurando saber como anda a vida das jogadoras para poder ajudar no que podem. Todo trabalho realizado com o time é feito por amor, segundo Hilda. Não recebem nada a não ser a satisfação de desenvolver um projeto em que apostam.
Todo material de treino, entre bolas, coletes, uniformes são comprados com o dinheiro dos próprios treinadores. Quando disputamos alguma competição as taxas cobradas são pagas também pelos demais e algumas de suas atletas.
O Projeto BRANCA’S Esporte e Ação lutam por patrocínios para disputar grandes competições como o Brasileiro de Futebol Feminino, e obter novas conquistas dentro e fora de campo, pois aposta no futuro esportivo de suas atletas.
(Jéssica Ilarindo)
Artigo publicado em Projeto Branca's Esporte e Ação

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